2.27.2012

blogs e tralha

Na sociedade de consumo imediato, ninguém fica de fora. Twitter, facebook, google + sustentam-se, e bem, na mensagem rápida e fácil de consumir.

O quioske tem já alguns anos e por isso já passei pelo boom de acessos, pela análise da concorrência, pelo limiar dos 1.000, 2.000, 5.000.

O tempo molda-nos e, por isso, moldamos o que fazemos e como o fazemos.

Hoje este é um espaço sem premissas temáticas, de espaço, de ligações. É um diário / semanário do que me vai apetecendo escrever.

Isso é bom, torna o que escrevemos mais autêntico, mas íntimo, menos avesso aos comentários ou à necessidade de responder a temas quentes.

Talvez seja um caminho partilhado por tantos outros, como se a grande rede que nos une fosse também a grande rede que nos caracteriza.

Disse-me ontem um camarada dos velhos que em janeiro e fevereiro a venda de tabaco decresce muito pelas promessas de um ano novo livre do vício. É como se um pensamento coletivo nos caracterizasse a todos. Por caminhos diferentes fui embocar nessa magistral definição (acho que é de Eduardo Lourenço) de humanidade: uma replicação infinita de caminhos comuns, cruzados por vontades similares.

Neste contexto coletivista (sim, sou dos subscritores do acordo ortográfico, talvez em contraponto aos intelectualóides charolos como o pulidinho) o movimento bloguista tem perdido defensores, escritores, comentarista, percebólogos que agora viram baterias para outras plataformas.

Tornou-se mais intimista, mas também mais autêntico (apesar dos treinadores de bancada que de tudo postam), mais nosso, mais meu.

Menos arranjadinho, é certo, mas não somos todos menos bonitos um pouco do que a ideia do que somos, é?

2.21.2012