7.28.2005

Tréguas, por alguns dias!

Apesar do cargo em que fui mandatado e da vontade de continuar na escrita, terei de me ausentar para outras paragens... Tentarei ir enviando notícias desses destinos longínquos, nem que seja só por imagens...
Até ao meu regresso, obrigados, muitas posperidades e um bem hajam para voxelências!

7.26.2005

AMIE à Presidência


Está a nascer por entre o mundo blogueiro um movimento de apoio à candidatura de AMIE à Presidência da República.

Tendo sido nomeado (caso ganhe) Mestre de Cerimónias, desculpem, Porta Voz da Presidência da República, agradecia que enviassem o pedido de cunha ao cuidado da candidata, que logo terá o que vos arranjar!

Mais informo que o Adido Cultural da Presidência já tem dono.

O Programador de campanha, também já está atribuído.

Quantos aos outros, estão ainda vagos, portanto, força nesses dedos para o apanhar primeiro!

Cumprimentos cordiais,

Quiosk
(Candidato a Porta Voz da Presidência da República)

Por quem dobram os sinos!

Começa hoje uma nova era para o Quioske, já somos uma comunidade, outros podem seguí-lo... ainda que tenham de provar a qualidade bestial de que são detentores!
Cavaleiro que dizia Ni. e Quiosk, vanguardistas e tudo, continuarão cada um com a sua temática: o primeiro Aviões de por os olhos em bico, o segundo Bicos de por os olhos em avião!
Cá estamos, agora no plural!

Não tenhas medo ícaro!!


















Já estou a ver as toneladas de reclamações por parte de agricultores, floricultores, criadores de gado e banhistas, quando estes bichinhos começarem a sobrevoar os céus e a tapar o sol com a sua bestialidade....


Airbus A380

Comprimento - 73m
Altura - 24.1m
Diametro da Fuselagem - 7.14m
Envergadura de asas - 79.8m
Nº de Pax - 555 (nas companhias deverá subir para os 700)
Tara - 276 Toneladas
Peso máximo - 562 Toneladas


NI!

Novas do passado!


Em busca de novas do passado pelo grande livro de tudo o que existe (ou quase), encontrei uma indicação de um parente directo mas longínquo, que valerá a pena citar.

É uma passagem vil para os leitores actuais, mas lisonjeira quando da sua 1ª edição, penso que por volta dos anos 50 ou 60 [sem certezas], caso contrário, faltaria algum bom senso ao autor para proferir tais palavras...

Nasceu aos 27-IX-1831, na Praça Nova, como era então denominada a actual Praça de D. Pedro IV, da capital portuense. Em 1850, tinha 19 anos, era já uma mulher feita, forte, a pender para gorda, mas fermosa, de formas esculturais, e muito preseguida pelos paralvilhos românticos, que pelos vistos não se importavam que as suas visões assiónicas fossem revestidas de alguma carne.
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 22, p. 45.

Claro que fazia também uma análise à sua obra e à sua faceta inspiradora, dados menos interessantes para o âmbito deste blog.

Será que as feromonas são genéticas!?

7.25.2005

Voyeurs eruditos!

Ao passar os olhos pelos comentários ao último post, percebi que a curiosidade quanto às feições de quem escreve algo, é inata!

Pretendemos sempre saber qual a máscara que produz tal coisa, sendo ela interessante ou não... Não me excluo desse rol de gente ávida por saber quem é o outro, somos voyeurs!

Não me considero um mirone, daqueles que perscrutam as frinchas das portas à espera de uma silhueta, antes, sou daqueles que navegam sem cessar com vista a descobrir uma identidade, chamo-lhe o voyeurismo erudito. Deixamos a privacidade para cada um e apoiámo-nos na necessidade de vestirmos as palavras com um corpo, um rosto, uma personalidade.

Isto dos blogs, tem muito que se lhe diga... Aqui, podemos ser quem nunca fomos, ser o que somos mas não admitimos ser ou, simplesmente, ser.

Acredito que exista um padrão quanto à escrita e ao tipo de posts que cada categoria de pessoa inculca no seu espaço privado, mas não pretendemos fazê-lo, até porque a vida puxa-nos para outras áreas de estudo que não a sociologia da computação [será assim que se chama ao dito campo de estudo?].

Continuo a querer saber quem usa a tal presopos, mas continuo a não querer revelar a minha e de meus astutos compinchas!

Devo porém relevar que os nomes são mesmo os indicados, não se admirem, somos todos habitantes da longínqua Macondo...

7.22.2005

Onde está o Wally?

Fonte: Velhinhos rijos comó aço!
Author: Marta Jorge

Legenda (da esquerda para a direita, de cima para baixo):

1 - Gervásio Antunes - Caixeiro Viajante;
2- Asdrubal Bechiguento - Coveiro;
3- Fagundes Salsaparrilha - Mordomo;
4- Mafomedes Mustaffa - Merceeiro;
5- Jermelindo Virulento: Vendedor da banha da cobra;
6- Virgolino Loureiro - Provador de Cognac;
7- Escariotes Carrasco - Vendedor de Indulgências;
8- Dibúrcio Santiago - Bordelista.

7.20.2005

Novas da ciência

Existe já há algum tempo um site com informação sobre ciência em Portugal e no mundo, com as mais frescas novidades científicas da Humanidade, de conhecimento obrigatório para quem vive na sociedade informacional em que nos inserimos.
Pena é que não traga mais novidades sobre as ciências humanas e sociais, nomeadamente sobre as ciências históricas e a ela relacionadas.

A não perder!

7.19.2005

"O teu rasto de sangue na neve" revisitado

Após uma longa ausência por motivos de alegria maior, cá estou de novo, para mais uma posta em bom português!
Ontem à noite, refastelado por entre uma luminosidade que oscilava entre o laranja decorativo e o ocre incandescente, entrei pelo mundo da cinematografia europeia e assisti ao milagre da vida, ou antes ao "A Vida é um Milagre" de Emir Kusturica.
Com sentido humanista, relata a efervescência dos Balcãs, na Bósnia de 1992, visto pelos olhos de Luka, um engenheiro ferroviário sérvio e sua comandita.
Onde outrora Muçulmanos e Sérvios conviviam pacificamente, estala a guerra e com ela, libertam-se os ódios...
Porém, nem tudo são espinhos, por meios transviados [ao meu gosto], o amor nasce por entre os escombros, ainda que pertencendo a barricadas opostas.
Chamou-me a atenção a cena em que Sabaha - Muçulmana - é atingida e Luka - Sérvio - arrasta-a pela neve à procura de ajuda...
O seu rasto de sangue mantém-se durante toda a cena, como se Kusturica, lendo "O teu rasto de sangue na neve" [conto de G. G. Márquez em Doze Contos Peregrinos] quisesse recriá-lo no cinema, apesar de o inverter no take final [de forma magistral para quem conhece o conto, mas de forma previsível para todos os outros], não fora o objectivo da película servir de plataforma de entendimento entre as facções beligerantes, demonstrando que a convivência é pacífica quando impera o Amor.
Quanto a mim um filme a não perder, pela música, pela fotografia, pelo humor brejeiro balcânico e pela genialidade de realização.

7.13.2005

Mais um para a comandita!

Nasceu no passado dia 11 de Julho um espaço dedicado ao Metal. É o Metalurgia Sonora, da autoria de Galecius e que promete ser um espaço de divulgação dessa barulheira afinada designada de Heavy Metal.

"Hail to Metal" é o mote de apresentação do espaço alternativo, com potencialidades informativas muito interessantes!

7.11.2005

O critério das moscas

Conto de Luís Manuel Ruiz, vencedor do Primeiro Prémio Novela Curta da Universidad de Sevilla, editado em Portugal pela Quarteto Editora, levanta o véu ao mundo intrincado da ciência histórico-literária do Renascimento, vista pelos olhos de Matías Belaval, um professor universitário que sofre de amnésia após um suposto acidente de viação.
A obsessiva procura do passado por entre ocultismo, misticismo e morte, desemboca no auto-conhecimento de um indivíduo infeliz na sua existência, onde apenas o critério das moscas faz algum sentido...
Interessante...

7.07.2005

7.05.2005

Ideias fundamentadas

A imagem, veículo da aprendizagem
De que forma pode a imagem ser contributiva para o processo de ensino-aprendizagem?
Isabel Calado[1] define de forma conciliadora a relação entre elas. A autora mencionada a não linearidade entre imagem e processo de ensino-aprendizagem. Se os educadores reconhecem as potencialidades da imagem como auxiliar da comunicação pedagógica, utilizando-a como forma de transmissão de conteúdos, de motivação para novas aprendizagens, ou como forma de captar a atenção dos formandos e ajudá-los à memorização, pensamos nós que o seu uso é, cada vez mais, fundamental para o processo de construção de conhecimento. Fundamentámos a nossa afirmação na sociedade de informação em que vivemos e na necessidade de interpretação da imagem massificada que, todos os dias, nos fulmina, através das variadas caixas mágicas que nos rodeiam.

Será, pois, este um dos fracassos do ensino: a inadequação da Escola à realidade exterior. Aqui se inclui a incipiente utilização de recursos iconográficos como meio de incentivar à interpretação, não à memorização.

Sobre este assunto, Duborgel[2], diz-nos que a imagem não só ensina e instrui como também educa, catequiza e diverte. Em parte discordámos da afirmação. Ela própria é veículo de conhecimento, de aprendizagem, só por si não ensina nem educa, apenas quando interpretada, permite a construção do conhecimento.

Apoiado no espectro de imagem como suporte iconográfico, Duborgel ter-se-á esquecido da necessidade da análise iconológica do objecto visualizado. Se o autor define a imagem como algo representativo de uma acontecimento ou facto, como se de um retrato se tratasse, Panofsky vai muito além dessa visão simplista, defendendo a importância do estudo exaustivo e interpretação do documento iconográfico em causa, como forma de aprendizagem seriada e consistente[3].

Duborgel continua com a sua definição simplista, diz-nos que a imagem é um instrumento de informação, o reservatório de conhecimento, saber ou pré-saber, documento ou pré-documento, facto de motivação, discurso, ensinamento e saber ilustrados, meio de ilustração da aula, do discurso e do saber, utensílio de memorização e de observação do “real”, etc.
Definiríamos, ao invés, de forma menos rebuscada: a imagem é forma de atingir o conhecimento sobre determinado acontecimento ou acto, através da interpretação dos seus componentes (forma, objecto(s) representados, autor, contexto).

Não pretendemos com isto, desmontar a visão de Duborgel sobre a importância da imagem, apenas reforçar o facto de ser incompleta e de não se reportar aos factos realmente importantes que definem este instrumento como fundamental no processo de ensino-aprendizagem: a veiculação de informação passível de ser tratada.

[1] CALADO, Isabel (1994). A utilização educativa das imagens. Porto: Porto Editora, 1994.

[2] DUBORGEL, Bruno (1995). O imaginário em Pedagogia. Lisboa: Instituto Piaget.

[3] Iconologia deriva da palavra eikonología (linguagem figurada) em oposição à palavra Iconografia, que deriva da palavra eikonographía (pintura de retratos). Cfr. PANOFSKY, E. (1984). Estudios sobre iconología. Madrid: Ed. Alianza.

7.04.2005

Pensamentos transviados!

Read my lips... N-O--M-O-R-E--T-A-X-E-S!!

SÓCRATES, J. (2004). Campanha eleitoral extraordinária, após a panelinha do Santana. Ed. Dáparatodos, p. 24.


Sócrates e Santana, no seu melhor!

7.01.2005

Novas do passado!

Carta de James Cook dirigida a Philip Stephens, Secretário do Almirantado.

Momentos antes da viagem de Cook no HMS Endeavour na sua primeira viagem de exploração, pedindo alguns instrumentos matemáticos e científicos, tais como bússolas, réguas e teodolitos [não sei se é assim que se designa em português], usado para medir ângulos. Estes, serão utilizados nas suas pesquisas científicas e na elaboração de mapas para o qual estava contratado pela Royal Navy e pela Royal Society.

Para tal, Cook levou consigo pessoal especializado na elaboração de mapas, artistas e cientistas (nomeadamente geógrafos e biólogos, incluindo Joseph Banks, um biólogo conhecido à altura e Charles Green, um astrónomo, cuja principal função era a de observar o movimento do planeta Venus a partir da ilha Tahiti. Assim que este objectivo estivesse comprido, Cook deveria navegar para Sul e explorar zonas ainda desconhecidas. O conhecimento geográfico ainda não tinha chegado a essas zonas do planeta, porém, acreditava-se na existência de um grande continente ainda por descobrir.

A viagem foi um sucesso para Cook. Mapeou a costa da Nova Zelândia e a costa Este da Austrália, a qual reclamou para a coroa britânica. Delimitou mais de 5.000 milhas de costa ao mapa britânico do mundo. Trouxe com ele vários desenhos, pinturas e amostras de plantas e animais que não eram, até então, conhecidos no mundo ocidental.

Cook fez mais duas importantes viagens. Entre 1772 e 1775 voltou do Pacífico Sul onde continuou a mapear as terras encontradas.

Em 1776 foi enviado novamente com vista a procurar uma passagem a Norte entre o Pacífico e o Atlântico. Encartou grande parte da costa noroeste da América, tornando-se no primeiro europeu a visitar o Hawai, entrando em confronto com os indígenas que o mataram.
Para mais informações, consultar Cook's first voyage of discovery in