12.14.2006

espaços verdadeiros

Radiante ar o que rodeia aquele espaço idílico em que tudo é verdejante e bucólico, habitação do vitorioso soldado desconhecido.

De belas formas, esvoaça de vestes transparentes que fazem perceber lânguidos movimentos sugestivos. Vitorioso mas cego, antes acéfalo, deixa-se admirar pelo idólatra anónimo sem lhe cobrar o olhar.

Com ele segue a verdade, esse figurino dúbio que se acosta à vida, mas cujo vislumbre limitado é apenas apanágio dos que a levam, sempre com imaculada ironia. De facto, não difere da mentira, experimentada no que se não tem e tantas vezes no que se conta.

A descrição fantasiosa do real não é mais do que o irreal verdadeiro ou o autêntico falseado. Daqui resulta o poder da visão e de ela reconhecer na verdade, a certeza ou a ambiguidade, nunca confirmando as formas para lá dos panejamentos.

Assim é Olívia, essa cidade fantástica em que tudo parece ser e nada é, realmente, como soía.

2 comentários:

O Micróbio II disse...

UM SANTO NATAL E QUE 2007 SEJA DE FACTO UM "ANO ÍMPAR"... :-)

Periférico disse...

Meu Caro,

um Bom Natal e um óptimo 2007!

Um abraço