Ontem ouvi com assombro uma reportagem inusitada. Acho que nem eu nos meus mais loucos devaneios pensaria numa entrevista a sua alteza a duquesa de carabaz... ou do carnaval.
Sua excelência a senhora duquesa, pertencente "à mais fina flor da aristocracia portuguesa" (cito o narrador), apresenta-se sentada junto à lareira real, com mise proeminente e pele de leopardo, referindo-se assim ao que a plebe designa por precedência e protocolo:
"quando se trata de um casamento real há diversas... há muita diplomacia que não se pode... não se tem o direito de... ao erro... e que se tem que ter muito cuidado porque todos os convidados têm que ser todos tratados da mesma forma, mas sobretudo não esquecendo, não, quem será sentado nesta fila, porque, não pode passar à frente deste mas também tem de ficar ao lado deste... Há diversas coisas que... prontos (sic) um sistema de maneira das coisas serem feitas que num (sic) podemos esquecer sobretudo, que é muito importante!"
Pérolas destas só me lembro da mítica frase do emplastro "o Pinto da Costa é o meu pai e o Victor Baia é a minha mãe..."
Ai que sôdades desses anos loucos do rei omeleta.... é que isto de populaça, república e demónios-afins-bem-falantes é coisa do zé povinho.
Sua magnífica excelência a duquesa de catrapaz, merece respeito pelas suas sábias palavras... pretendia apenas simplificar o discurso para o seu povo devoto perceber.
Hoje, vou rezar dois pais-nosso e três avés-maria para me purgar da minha maledicência.
1 comentário:
mas ela falou mesmo assim???
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