Há uns tempos, tentei, sem efeito, fazer uma revisão sobre o renascimento, no que se refere ao ressurgimento clássico e aos princípios formais do renascimento.
Hoje, o homem de vitrúvio relembrou-me a lição... não tanto pelos apontamentos, mas pelo espírito contemporâneo que um revivalismo potenciou, talvez não por si só, mas pelos homens que o fizeram, indo muito além dos cânones e do academismo que ele representa.
Com Bounarroti e a ideia a que deu forma, revoluciou-se o conceito do afloramento original e da intenção criadora travada pelo espírito da matéria.
A partir daí a forma extravasou a ideia, o artista libertou-se dos ferrolhos apertados da fórmula clássica (arte=ideia+forma), transformando-se na entidade salvadora do espírito que a matéria aprisiona.
Com a sério "os prisioneiros" libertou-se a forma da ideia, deixando ao artista a vã glória de decapar o que o espírito original retém. Do artista, nasceu o artesão que arranca à pedra a alma encarcerada.
E assim se fez arte. Pena que alguns não a vejam como ela é... a esses, chamo-lhes artistas, aos outros, anarcas libertadores da matéria.
Sem comentários:
Enviar um comentário