Em 1723, uma companhia comercial foi criada, visando, principalmente, o comércio esclavagista e o contrabando de produtos trazidos por embarcações estrangeiras.
Organizada com a protecção da coroa, sob o influxo da onda das companhia que então inundava a Europa, foi chamada de Companhia do Corisco, ilha encostada à colónia espanhola de Muño, em África. De capital francês e parte da administração francesa, a companhia teve curta duração.
Até Março de 1778, Portugal continuou a contratar indigenas da costa africana, a partir da ilha de Corisco, tendo como interlocutores comerciais a França, com quem contratou a entrega de mais de 49.000 negros da Guiné; com Espanha, formalizando 13 tratados comerciais e com Inglaterra, 2 tratados.
A Companhia, destinada a arrebanhar mercadorias pelo saque e homens pelo rapto, tinha como principais colaboradores os corisquenhos, que também possuiam escravos próprios, geralmente pamues e nvikos, sendo célebre o escravo liberto raza pamue, chamado Bakele.
4 comentários:
Que raio de companhia!
Apesar que muitas multinacionais continuam a transacionar pessoas, não lhe chamando o verdadeiro nome:Escravatura.
Um abraço.
Onde é que eu já ouvi isto?!
Grande abraço
Escravatura, é a palavra certa!
Historicamente, neste assunto, nenhum povo europeu se pode isentar das culpas...
Bom fds,
Abrç,
Pedro Estácio
podemos sempre dar-nos por contentes por termos sido os primeiros ocidentais a abolir a escravatura.
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