1.18.2006

Notícias do passado



Em 1723, uma companhia comercial foi criada, visando, principalmente, o comércio esclavagista e o contrabando de produtos trazidos por embarcações estrangeiras.

Organizada com a protecção da coroa, sob o influxo da onda das companhia que então inundava a Europa, foi chamada de Companhia do Corisco, ilha encostada à colónia espanhola de Muño, em África. De capital francês e parte da administração francesa, a companhia teve curta duração.

Até Março de 1778, Portugal continuou a contratar indigenas da costa africana, a partir da ilha de Corisco, tendo como interlocutores comerciais a França, com quem contratou a entrega de mais de 49.000 negros da Guiné; com Espanha, formalizando 13 tratados comerciais e com Inglaterra, 2 tratados.

A Companhia, destinada a arrebanhar mercadorias pelo saque e homens pelo rapto, tinha como principais colaboradores os corisquenhos, que também possuiam escravos próprios, geralmente pamues e nvikos, sendo célebre o escravo liberto raza pamue, chamado Bakele.

4 comentários:

armando s. sousa disse...

Que raio de companhia!
Apesar que muitas multinacionais continuam a transacionar pessoas, não lhe chamando o verdadeiro nome:Escravatura.
Um abraço.

Unknown disse...

Onde é que eu já ouvi isto?!

Grande abraço

Pedro Estácio disse...

Escravatura, é a palavra certa!
Historicamente, neste assunto, nenhum povo europeu se pode isentar das culpas...

Bom fds,

Abrç,
Pedro Estácio

Unknown disse...

podemos sempre dar-nos por contentes por termos sido os primeiros ocidentais a abolir a escravatura.