4.27.2011

do que fala a "mais fina flor da aristocracia portuguesa"






Ontem ouvi com assombro uma reportagem inusitada. Acho que nem eu nos meus mais loucos devaneios pensaria numa entrevista a sua alteza a duquesa de carabaz... ou do carnaval.

Sua excelência a senhora duquesa, pertencente "à mais fina flor da aristocracia portuguesa" (cito o narrador), apresenta-se sentada junto à lareira real, com mise proeminente e pele de leopardo, referindo-se assim ao que a plebe designa por precedência e protocolo:

"quando se trata de um casamento real há diversas... há muita diplomacia que não se pode... não se tem o direito de... ao erro... e que se tem que ter muito cuidado porque todos os convidados têm que ser todos tratados da mesma forma, mas sobretudo não esquecendo, não, quem será sentado nesta fila, porque, não pode passar à frente deste mas também tem de ficar ao lado deste... Há diversas coisas que... prontos (sic) um sistema de maneira das coisas serem feitas que num (sic) podemos esquecer sobretudo, que é muito importante!"

Pérolas destas só me lembro da mítica frase do emplastro "o Pinto da Costa é o meu pai e o Victor Baia é a minha mãe..."

Ai que sôdades desses anos loucos do rei omeleta.... é que isto de populaça, república e demónios-afins-bem-falantes é coisa do zé povinho.

Sua magnífica excelência a duquesa de catrapaz, merece respeito pelas suas sábias palavras... pretendia apenas simplificar o discurso para o seu povo devoto perceber.

Hoje, vou rezar dois pais-nosso e três avés-maria para me purgar da minha maledicência.

4.25.2011

disc-ursos



Tive, mais uma vez, a paciência de ouvir os discursos e os comentários nas comemorações do 25 de Abril.


Tocante! Uma lágrima corria-me pela face ao ouvir responsáveis e ex-namoradas falarem da necessidade de coragem para enfrentar o futuro, do imperativo de reformas estruturais e de um bate-no-peito pelo que outros não fizeram...


A solução, como sempre, passa por novos rumos, novas figuras e uma nova forma de ver o país... Será mesmo assim? É que da assistência conta-se pelos dedos o povo abaixo dos 50 anos... é a experiência, meus senhores, é a experiência a funcionar... pelos vistos no mau sentido, pelo que vemos...


Esses profundos disc-ursos fizeram-me lembrar Mark Twain em Pudd'nhead Wilson "nada precisa tanto de reforma como os hábitos alheios" e na verdade, entre referências a maus políticos e maus cidadãos (outros claro!) não ouvi ninguém assumir culpa de nada...


Um dia faço um disc-urso sobre a reforma.... começará pelas palavras de ordem:


Reformai-bos camaradas, reformai-bos!

4.19.2011

pensamentos vergonhosos!


Costumo abstrair-me do contexto neste meu espaço de relaxe, pelo cinzentismo do dia-a-dia e pelas palavras calculadas que se lê tanto no mundo virtual, quanto naquele partidário, afiliado, parcial e lodoso lago da edição periódica.

No JN de hoje, Alberto Castro, comentador de impulso, apresenta a falta de crescimento nacional como "uma vergonha". Adiciona ainda um cartoon algo ranhoso de Francisco Providência representando um menino envergonhado, com orelhas de burro.

Bom, não deixo de concordar a estranheza do facto. Países como o Cambodja, o Burkina Faso ou a Líbia e o Iraque, apresentarem crescimento acima do português é, no mínimo, irónico.

Mas daí a considerar "uma vergonha" faz-me pensar no que me fará corar... o crescimento da extrema direita em países de primeira linha do crescimento mundial, a manutenção de facínoras no poder em países amordaçados, a tirania da banca no mundo capitalista, o poder vitalício de mafiosos em países do G7, ou imagine-se, num outro patamar de descaramento, a edição de um pasquim diário apresentando na primeira página e em destaque gordo a morte de um homem ao pontapé e uma qualquer rixa, como se não houvesse factos públicos relevantes para o comum mortal que deveria comprar o jornal para se manter actualizado...


Bem, mas isso sou eu que me envergonho com pouco...

4.12.2011

nomes inusitados II


Porto, 2011, nomes fluiam no terminal em frente, nas ruas movimentadas do mundo virtual.

Nomes insondáveis autores de ciência de alto impacto polulam aos milhares: Johnston, X.; Smith, Y., e muitos, muitos mais com derivações para todos os gostos, guardando em si, uma cara, uma personalidade, uma forma de ser e estar, boa gente e outros que nem por isso.

Dedico-me agora a nomes chineses, esse intrincado mundo de derivações, em que Li Mung refere a Li Ming que Li Mong citou Li Meng...

Todos originais, são autores de artigos científicos inclusos na maior base de dados referencial: a Scopus.

Cá deixo apenas algumas derivações possíveis de apenas uma combinações: Li, J.:

Li, Jungying
Li, Jingming
Li, Jing Jing
Li, Jung
Li, Jingquan
Li, Jinlei
Li, Jing Yue
Li, Jung Pang
Li, Jingin
Li, Jiantao
Li, Jiangyu
Li, Jizi
Li, Jin
Li, Jun Lan
Mais nomes inusitados, em português, aqui