6.27.2011

pasquins da mouraria e outros semanários que tais


Neste post, Expresso a tristeza que é ler alguns semanários seminais. Tarefa árdua numa república bananal que se esquece do país, preso à capital.
Folhear as resmas de separatas, adendas, panfletários, folhelhos e afins, resume a muito pouco as notas de uma semana nacional, num pasquim que, número após número, se esquece que há muitas notícias frescas de um país para além das fronteiras de benfica, alfama ou da margem sul.
Paradigmática a notícia (ou antes, não notícia, já que só apresenta sumários descontextualizados de perguntas bacocas feitas a gente que teria muito mais que dizer) sobre os 7 dirigentes de instituições de ensino superior de economia e gestão mais destacados do país.
Centrado em Lisboa, cidade representada por 4 instituições, esquece as iniciativas já amplamente reconhecidas lá fora, mas esquecidas de jornalistas de gabinete que, sentados num qualquer edifício cinzentão da metrópole, não ouvem os guinchos da macacada do norte.
Sinceramente, entristece-me (a idade provoca estes afrontamentos) ver relegadas para segundo plano a EGP ou a EGE, em detrimento de outras iguais cuja vantagem é serem sulistas. É triste falarem de um jornalismo livre e esquecerem que há vida para além de meia dúzia de palavras vãs sobre o Norte, esquecendo o país real. É triste falarem hoje das empresas têxteis do norte, quando são caso de estudo há já alguns anos pela inovação com que têm atacado os mercados internacionais.
É triste ver um semanário cheio de vaidades que se esquece de fazer jornalismo, de ser interventivo e de se afirmar como um espaço de informação e não de publicidade.
Acho que vou deixar de o comprar...

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