4.23.2005

As palavras que nunca vos direi...

A Saudade é uma vã dor, inútil, que mais não faz do que trucidar o coração!

Tanto vos queria dizer e tão pouco é legível, tal é a vontade de presença, na ausência que sinto ao pensar nos raios de luz que me fizeram crescer e viver o dilema natural do dia-a-dia...

Quero-vos aqui, comigo, para chorar a tristeza, a angústia, os pesadelos, aqueles que maltratam os sentimentos e nos tornam intransponíveis, incontactáveis...

Quero-vos aqui, não aí, para apaziguarem a minha consciência... Quero-vos aqui, comigo, só para mim, e ouvirem o silêncio da minha voz reflectido na máscara de alguém que já foi, não é, mas gostaria de, um dia, voltar a ser, sem mentiras, sem receios, sem pudores, verdadeiramente completo nos defeitos e virtudes... apenas Ser!

Quero-vos aqui, para me reprovarem com essa faca afiada que trespassa a infantilidade e me transporta para o presente...

Quero-vos aqui, para me consolarem, para que possa encostar a cabeça (lembras-te?) e pensar no mundo como um poisio perfeito, onde nada é mais importante que o amor!

Quero-vos aqui, para rever as borboletas coloridas e sentir o espaço verdejante do Crasto, esse elixir de vida que me permitia pensar em tudo como uma realidade viva, alegre, sem máculas, em que nada era cinzento e tudo... verdadeiro.

Quero-vos aqui, comigo, para vos dizer que o amor que sinto por vós é incorruptível, incondicional e único... Aos dois, com amor!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu estou aqui...