8.24.2005

Radicalismo radicular de Helena Almeida!...Qé isso?


Em plena Biennale di Venezia, inTUS representa a nacionalidade.

Helena Almeida, através das suas conhecidas representações fotográficas, alude à intíma portugalidade.

Se o Dossier de Imprensa dedica o comentário da obra à experiência de si própria e ao do lugar, mencionando o seu radicalismo experimental é um radicalismo presencial. Ou, de outra forma, um radicalismo radicular. Ela está, toda, lá, na raiz da obra.

A verdade, quanto a mim, é que de forma involuntária, ou talvez não, a artista, nesta exposição, mostra o íntimo da noção social do ser português.

No seu melhor egocentrismo representativo, é a sua silhueta que dá forma ao tenebrismo espiritual peregrino, que alimentou a nação durante 40 anos e que se mantém, ainda hoje, através da lenta mudança mental que a sociedade implica.

A partir da sua composição videográfica, dá movimento ao tema, o da peregrinação dolorosa, em busca de um símbolo inexistente aos olhos, mas presente na mente piedosa do crente.

Faz uma mescla interessante de tradição e de inovação. Se apresenta motivos impregnados de espiritualidade, evolui, apresentando-o de forma alegórica, minimalista. Aqui, a andança sem sentido por um espaço vazio, representa a relação do crente, piedoso - pela postura e pela indumentária - com a divindade, omnipresente, mas isenta de ícones ou existências representativas.



Helena Almeida. Eu Estou Aqui - 2005.

5 comentários:

Miguel de Terceleiros disse...

Engraçado é teres tropeçado por acidente na obra dela!

armando s. sousa disse...

Desculpa quioske, mas não estás com uma linguagem demasiado técnica?
Um abraço.

noasfalto disse...

Vê-se que a Helena de Almeida não conhece os blogs.

Podia conseguir, com a divindade omnipresente, uma andança com sentido por um espaço cibernético.

noasfalto disse...

Ainda por cima com o preço dos combustíveis a subir é preciso poupar nas andanças sem sentido.

kiko disse...

Miguel: É verdade!

Gaja Boa: Sab e porque é uma divindade superior, tudo vê! :D:D

Armando: A única técnica que utilizei foi a da escrita, de resto, mais nenhum fundamento técnico é usado para a elaboração do texto, apenas a observação e interpretação de imagens... Abraço

Noasfalto: Ou não... poderia deixar-se do seu egocentrismo e experimentar a fotografia em outros! Quanto às andanças sem sentido... :D:D:D Seria melhor escolher um rumo e segui-lo, claro! Abraço