5.02.2011

non finito

Há uns tempos, tentei, sem efeito, fazer uma revisão sobre o renascimento, no que se refere ao ressurgimento clássico e aos princípios formais do renascimento.

Hoje, o homem de vitrúvio relembrou-me a lição... não tanto pelos apontamentos, mas pelo espírito contemporâneo que um revivalismo potenciou, talvez não por si só, mas pelos homens que o fizeram, indo muito além dos cânones e do academismo que ele representa.

Com Bounarroti e a ideia a que deu forma, revoluciou-se o conceito do afloramento original e da intenção criadora travada pelo espírito da matéria.

A partir daí a forma extravasou a ideia, o artista libertou-se dos ferrolhos apertados da fórmula clássica (arte=ideia+forma), transformando-se na entidade salvadora do espírito que a matéria aprisiona.

Com a sério "os prisioneiros" libertou-se a forma da ideia, deixando ao artista a vã glória de decapar o que o espírito original retém. Do artista, nasceu o artesão que arranca à pedra a alma encarcerada.

E assim se fez arte. Pena que alguns não a vejam como ela é... a esses, chamo-lhes artistas, aos outros, anarcas libertadores da matéria.

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