12.26.2011

o monstro da ciência - tipos de documentos científicos






A publicação de ciência é o veículo para a partilha e validação do conhecimento produzido. Como referia Merton em 68 na Science: "for the development of science, only work that is effectively perceived and utilized by other scientists, then and there, matters".

Assim, os suportes de ciência apresentam-se como vitais para a difusão da informação aos pares assumindo 3 dimensões genéricas que Garfield em 1955 sistematizou: o livro - macro unidade (compilador de conhecimento), o artigo - micro unidade (produtor de ciência) e o índice - nano unidade (referenciador de conhecimento).

Dedicar-nos-emos apenas aos tipos de documentos micro, as unidades que, grosso modo, (re)criam novos formatos, comprovam ou desmentem paradigmas, que impelem o conhecimento a evoluir e deixando de lado as largas dezenas de formatos de publicação que os Subject Headings ou Thesaurus indicam.

De facto, o termo journal articles (original research, scientific letters, notes, reports, conference papers e reviews) resume os tipos de documentos científicos possíveis e que, não sendo exclusivos, em post posterior, iremos sistematizar.

Existem, de forma genérica, três tipos principais de artigos:

- investigação original, publicada em primeira mão em revistas de referência para a área científica ou em sites de especialidade e que apresentam formatação diversa, desde experimentação laboratorial, testes clínicos, estudos metodológicos, resultados de conferências, etc.;

- estudos integrativos, baseados no conhecimento já produzido e sistematizando conceitos ou revendo o conhecimento teórico já produzido, como são exemplos as revisões sistemáticas ou as guidelines;

- outros tipos de artigos, resultam de dados emanados da leitura e análise dos dois tipos anteriores ou de casos sistematizadores da prática e resultam em comentários, casos de estudo, editoriais ou cartas ao editor.

Por norma os tipos de documentos respondem a uma de três necessidades: explicar novos conhecimento, compilar conhecimento produzido ou comentar resultados anteriores.

Pretende-se responder à máxima de Merton partilhando conhecimento, mas, na realidade, fundamenta-se em factores bem mais complexos e a que me dedicarei em post autónomo.


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