1.06.2012

um país de claques - maço-quê?

Tal como em anos anteriores, o início do ano é altura da maçonaria marcar a sua existência. Normalmente uma entrevista ao grão aventaleiro faz as honras da casa, mas este ano quiseram primar pela orginalidade: deixar cair na opinião pública a "novidade" de que os aventaleiros são uma claque multifacetada que rema para o seu lado (haverá alguém que se tenha surpreendido com isso!?).

Depois do desaire Fernando Nobre, volta à carga agora em âmbito mais alargado, mas sempre com o mesmo pano de fundo: a assembleia da república, essa instituição em que claques ferrenhas e bem mandadas lançam impropérios doutrinados ao inimigo e em que a frase "muito bem" é primeira entrada do glossário deputóide.

Ainda que com menor frequência, faço parte da claque (sim, também faço parte delas) que passa os olhos na ARtv e que se delicia com os comentários infundados que lançam uns aos outros à espera que os media os transmitam em canal aberto.

Por entre declarações de voto que nada dizem e pedidos de defesa da honra que enterram ainda mais o difamado, é normal pensar que motivos aventaleiros, opus deiences, de cama-e-mesa ou de fruta madura tenham sido factores decisivos para as escolhas recairem sobre essa bela fauna que por lá polula.

Apesar disso, depois de marinar uns dias, lá voltaremos à normalidade entre crises e Cátias Vanessas, bem ao gosto da populaça.

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