3.30.2005

Mar agitado, o das palavras!

Viajar! Deambular sem destino pelas palavras, ideias e concepções do autor e nossas...

Como é ternurenta a relação do escritor com o leitor! De uma generosidade imensa… daquele que nos oferece a sua realidade mental, mesmo ocasional, para que nós a possamos transformar em sentimentos e experiências, viajando, assim, por um mundo que não é o nosso mas que reflecte, muitas vezes, a nossa própria realidade sensorial...

De tal forma que vivemos outra vida, a da personagem, para dizermos o que ela não disse, mas que sabemos que queria dizer... viajamos pelo mundo das imagens transformadas em palavras…



Viajar... e viver, gritamos por viver, longe de tudo o que nos oprime e nos impede de respirar o ar puro da sinceridade!

Gritamos por vida, por liberdade de pensar e agir, por tudo o que nos prende ao presente e não nos deixa evoluir e crescer!

Tristeza, choramos por tristeza... de pensar, de sentir, de querer, mas não querer, não conseguir, não ser capaz de deixar e seguir em frente!

Ah livro maldito que nos fazes escrever o que não queríamos sequer pensar...

Ah livro ardiloso que nos queres dizer aquilo que sabemos, mas não queríamos saber!

Ah livro labiríntico que nos impele a entrar mas não nos deixa sair!

Ah livro amigo, confidente, sentido, que nos explicas o que conhecemos mas não queremos ver!

1 comentário:

Anónimo disse...

AH esses livros malditos que gritam em silêncio...